quinta-feira, outubro 02, 2008

Calmaria

E as flores começam a nascer
Belas, calmas, pálidas
Serenas, brilhantes, d´água
Com todo o perfume e sem nenhuma pureza
Mas um dia se esvai, devagar, lento e breve
Mas um dia se vai, como a bruma leve
Neste barco enevoado, sonhos se perdem
O dia não volta, só vai
Sem leme ou vela
Só vai, na calmaria das águas

segunda-feira, março 31, 2008

Novidades

Trago em meus sonhos pequenas flores
Estrelas pequenas cheias de novidade
A vida que antes era amargura
Hoje nem chega a incomodar

As novidades da nossa vida,
as belezas de tempos antigos
Renovando as fontes
As lágrimas

Todas as tristezas são lavadas
Neste março que se acaba
Nessa noite que termina
Nessa vida, que retorna

sábado, janeiro 20, 2007

Ampulheta lenta...

O tempo roda tõ lentamente quando esperamos uma afirmação, é tão estranho ver que os segundos, minutos, horas e dias só passam rapidamente quando estamos felizes ou em alegria contínua.Como é difícil o tempo que passa quando buscamos respostas...Quando vejo esta velha ampulheta e que sua areia branca, fina e leve que cai, grão a grão...deixando a gente entediado a espera da próxima agitação, do próximo momento feliz, para esquecer daquilo que tanto nos preocupa.
A realidade parece que vira imaginação e nossos sonhos ficam lá estagnados nas terras de Drummond e de Cecília que nos trazem a cada sonho e levam nossas vidas a maior loucura possível e faz-nos refletir e perguntar-nos o porquê...
Pra que sermos tão insatisfeitos? Querer o mundo é algo ruim?
Não sabemos o que fazemos, apenas esperamos respostas absurdas que a vida não nos dá antes do tempo exato de nos enlouquecer...
Cecília disse em uma de suas poesias o seguinte:
"És precária e veloz Felicidade
Custas a vir e quando vens nãó te demoras
Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo
Para te medir inventaram as horas"

E assim estou...esperando, contando os segundos para uma hora feliz...que eu espero tanto...
Talvez não seja feliz, mas alivie a alma!

domingo, janeiro 14, 2007

Uma taça de vinho.

Se quiser encontrar a felicidade dou-lhe uma chave para o mundo das belezas, tome uma taça de vinho para que sua vida mude de cor, crie novas formas e altere o sentido. Quando se tem um cálice de vinho tem-se tembém um momento de felicidade, seus problemas somem, sua vida melhora e toda a tristeza se esvai...Não faço apologia ao alcolismo e sim ao cálice de vinho para descobrir a chave do mundo.
Uma taça abre as portas da imaginação, sua comunicação aumenta e seu medo diminui, as alterações maléficas são quase nulas e sua fragilidade tende a diminuir.Expresse-se, sorria, cante, beije e não tenha qualquer vínculo com o mundo real, neste momento ele não é importante, só o vinho e seus desejos são realmente reais. Declare-se para os amores platônicos e sorria para seus inimigos, diga a eles que não tem medo de suas falcatruas, que eles são ridículose que você destruirá a tudo que eles lhe fizerem de mal...
O vinho é um estímulo, uma bebida que simboliza o sangue da alma e suas virtudes oníricas, verte das sacras uvas de Baco e toca nossos corações, aquecendo seus batimentos e pensamentos, nos fazendo forte e sorridentes em busca de respostas que sem este cálice não teríamos coragem de ouvir...
Para recriar coragem tire das veias da garrafa este sangue e sinta-se como os vampiros profanos de nossos pensamentos, roube a insanidade efaça dela a arma mais útil do mundo, vencerá a tudo, pois os homens tem medo daquilo que não compreendem e assim a sociedade entra em uma guerra contra o que é initeligível pela massa burra com sua inteligencia normal, surda com sua censura absurda e cega com este preconceio vazio que dá medo...
Para vencer tudo isso tome seu cálice de vinho e sorria, beba sua taça e ria desta normalidade, seja feliz ao menos um segundo e procure encontrar seus sonhos sem precisar crer que o certo existe...

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Na vida...

Percebeste como o mundo é estranho?
Tudo que tocamos vira pó
Tudo que queremos é estar juntos
E o que conseguimos é estar só...

Viste que as músicas falam de amor?
Mas nosso coração continua empedernido
Nossas lagrimas não secaram
Nossa vida não mudou, apenas perdeu o sentido...

Sentiste a chuva parar?
Mas o ódio não pára...
Os rios sempre seguem
E as margens da sociedade a tudo separa...

Quem viveu duzentos anos
Não sabe mais olhar para tras
e ver que no mundo, tudo muda
Menos o homem preso as suas amarras...

Que felicidade seria, e teus braços me entrelaçassem
Se tua boca me beijasse
Se nossos sonhos se realizassem
Sem esperar o nosso empasse...

Nada é tão duradouro
Como a sociedade, em vão
Que espera do mundo a ingualdade
Sem saber o que é ser irmão...

E quando lêem os poemas de Cecília
Ainda a nomeiam de poetisa triste
Não vêem como são afogados
Por todo o preconceito que inexiste...

Saudades do meu futuro
Em que os sonhos eram reais
e a realidade
Apenas sonhos, banais...

sábado, dezembro 30, 2006

A gota na janela...

Tem dias que passo esperando o barulho da conversa e só ouço a chuva, que tamborila em minha janela...Meu cigarro vai se consumindo e minha alma está com saudades da época em que eu era apenas um menino, dos meus bolos de aniversário que hoje não são tão gostosos.Minha espera é algo inevitável...Minha vida sempre foi meio tranqüila e meus amigos sempre os mais especiais possíveis...Conheci muitas pessoas, vivi em busca de ser alguém e realizar meus sonhos, mas hj a vida está mórbida, eu não tenho mais sorrisos sempre, e quando penso em felicidade me vejo a frente da minha janela, vendo aquela pequena gota escorregando pelo vidro e a fumaça do cigarro embaçando a vista.
Ah...que saudades dos meus sonhos infantis, a espera dos meus aniversários e dos presentes, que hoje não são mais prioridades. Meus problemas não são grandes, mas são complexos como esta gota na janela...
Me sinto tão ínfimo como esta gota...meu cigarro acaba, a gota cai e a chuva não para, mas eu sei que tudo isso é efemero como este desabafo...

terça-feira, dezembro 05, 2006

Beijo...

Beijo...
Teus pés em sinal de servidão
Para te mostrares que não importa por onde andes
Meus lábios te acompanham...

Beijo...
Teu punhal e cálice
Para que tu vejas que tenho carinho por ti
Não importando se é guerra ou sacerdócio.

Beijo...
Teu ventre, gerador de grandes guerreiros
Criador de grandes mulheres
Minha origem e meu fim...

Beijo...
Teu peito nu, tua pele doce
que faz de mim teu semelhante
Que faz deste sentimento eterno.

Beijo...
Teu lábio, sopro de fogo da alma pura
Paixão impura, voz serena
Sinto teu poder e tua voz...

Beijo...
Tua Soberana testa nua
que traz consigo a Lua
e em teu peito o Sol.

Beijo...
Todo teu ser, tua forma, teu cantar
Não me esqueço dos gestos, sonhos, calores
Da vida que não para de girar...