O Brasil possui uma política frágil e bem inexperiente, seus governos são em suma confusos e as propostas de governo são promessas sem fundamento e ainda o pouco que eles começam lá pelo terceiro ano de mandato (as chamadas obras eleitoreiras) se não forem terminadas no prazo daquele governo, talvez não tenham fim.
Mas toda a formação política de um país não surge de duas ou três eleições, talvez esse seja o ponto em que a política brasileira mais peca.Desde o Marechal Deodoro da Fonseca onde se inicia a República e com ela a representação do povo brasileiro, é deste ponto em diante que percebemos a intenção de mudar o país, intenção que não é milagrosa, mas que inicia o processo de modificação da estrutura do Brasil.
Seguindo as diretrizes da História para que possamos entender e talvez até mudar essa realidade moldada com tempo, cultura e diretrizes que mantém o povo no papel de espectador.
Com o fim da monarquia de Dom Pedro II, inicia o direito do povo intervir nos caminhos da nação, mas é um inicio para poucos.Primeiro, o exército tentando mudar o país como se toda a força ganhada na Guerra do Paraguai torna-se o detentor de todo o poder, a justiça e a honra. Logo os mandatos de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, membros do “poderoso exército”, os “paladinos da política”, inicia a Oligarquia, mas ainda não é o povo quem governa e sim a elite, a poderosa aristocracia.
Durante um longo período, saindo dos fins de 1890 e indo até 1930, o poder da política estava na mão de três grandes massas (aristocracia paulista, aristocracia mineira e exército no tenentismo) que faziam do governo o que bem entendessem.Criaram muito do que existe hoje, como a Política dos Governadores “é dando que se recebe”(troca de favores entre os governantes), os subsídios agrícolas que fizeram os agricultores dependerem sempre do governo às vezes de forma parasítica e abusiva.
Depois veio Getúlio Donelles Vargas, com seu Estado Novo e as transformações que fazem parte da evolução trabalhista do país, passando o mandato a Jucelino Kubitchek, o qual revolucionou o Brasil com sua máquina do tempo(progresso de 50 anos em 5).Depois vem Jânio Quadros, talvez a comédia mais triste que o Brasil viu na política, depois veio João Goulart e vários outros que passaram anos e anos brincando não só com a política, a renda milionária, mas também com a vida e a dignidade dos brasileiros.
Nos últimos dez anos muito foi mudado, talvez até piorado, e quando alguém que sempre disse carregar a bandeira do povo, e seus sonhos de um mundo melhor diz nada ver, e apenas se interessa em se reeleger sentimos que o Governo aqui foi apenas uma brincadeira, e que até hoje continua sendo ridículo a escolha de seus governantes, não o voto, que é puro e crente de mudança, mas sim naqueles que se julgam aptos para tomar nas mãos os lemes do Brasil.
sábado, setembro 16, 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário