quarta-feira, novembro 29, 2006

Panos...

Material feito de algodão
Nuvem capitalista, portuguesa no Brasil
Trouxe contigo toda sexualidade
Daquele povo pervertido, europeu, hostil!

Queria rasgar-lhe em pedaços
Fazer-lhe apenas pano de chão
É do céu, a nuvem cinza que esconde a beleza
Dos corpos nus, do coração...

O corpo de meu amor
cheio de panos que escondem
Cheio de sombras que impedem
meu olhar de sonhador

Ah! Como eu queria atear fogo
Em todo esse pano em excesso
Teu peito, teus cabelos, teu corpo
seriam admirados sempre!

Um dia eu hei de conseguir
ver além de tudo
Enxergar tua beleza
Debaixo deste teu "pano pele"!

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